sábado, 24 de janeiro de 2009

Despedindo do Campus Party


Circulo preguiçosamente pela área de barracas. Penso em dar o meu último clic, mas a bateria acabou. Não... não é a bateria da câmera, mas a minha bateria. E essa não dá para ser recarregada na tomada, mas na minha doce casinha, com meu chuveiro, minha cama e meu cobertor.
Aportei aqui na segunda-feira. A semana passou rapidamente. Nesse período, ouvi dezenas de palestras, participei de entrevistas, visitei stands, ganhei brindes, baixei arquivos, naveguei, joguei e bloguei. Aliás, ganhei o título de mamãe blogueira na mídia.
Enquanto caminho, observo um índio retocando sua pintura e um africano dando entrevista na Cultura - essa é uma pequena centelha da diversidade cultural que a internet acolhe. Ainda no palco, rola uma apresentação de robótica. Dou uma rápida vislumbrada no cenário e avisto vários telões com conteúdos de palestra e de twitter. É gente nos pufs com seus notebooks, gente nas bancadas baixando, programando, jogando, vibrando, gritando, ouvindo música. Gente com gente conversando e rindo. De vez enquanto uma luz brilha nesse espaço - são flash registrando gente que comporão uma matéria na mídia, um álbum no orkut, um espaço no flirck, myspace ou um vídeo no youtube. E é assim que a internet é povoada - por esse tipo de gente e geeks.
E eu me despeço por aqui nesse Campus Party 2009.
Até 2010.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Inclusão Digital e Mobilização Social


Ontem ouvi alguns pedaços do debate sobre Inclusão Digital e Mobilização Social. Participaram Lobão e Rogério da Costa. Gostaria de ter participado na íntegra, mas não foi possível. Mais uma vez o professor foi o culpado pelo analfabetismo digital (já ouvi algumas dezenas de vezes isso). Aliás, a sociedade está sempre a procura do bode expiatório para suas frustações em algumas áreas, mas penso que o principal fator não é o professor, mas a falência da família. Sou mãe e estou aqui no CP com meus dois filhos. Sou a mãe blogueira, e daí? Sou também professora. Há 10 anos trabalho como professora de informática educativa e criativa. Há 10 anos instigo meus alunos a pensar, a criar, a produzir. Há 10 anos os ensino sobre ética, segurança no computador. Há dez anos que lhes conto a história do computador e da internet. Eles blogam, fazem vídeos, comentam artigos de jornal, vão a museu de tecnologia. Também fazem planilhas, aprendem a pesquisar no Google e formatar em word, fazem apresentações em Power Point, inclusive criam quiz sobre matérias que estão aprendendo em sala de aula, pra não apenas recortar e colar, mas criar. Usam o orkut, msn e youtube nas aulas também. Aliás, dinamismo é o que não falta nas minhas aulas. Tenho um site onde posto as atividades e no final de semana, tem em torno de 30 a 50 visitas dos próprios alunos. Eles levam a escola pra casa. Quando propus isso para as universidades sobre incluir algo sobre informática educativa nas escolas, não obtive retorno (nem sei se abrem email - talvez as universidades precisem ser inclusas digitalmente para melhorar seus cursos de pedagogia). Sempre que falo sobre a informática educativa, o pessoal dá uma torcida no nariz e acham mais fácil simplesmente botar a culpa no professor de classe. Parem de culpar o professor. Pense que a família é que está falida e que os problemas que temos na sala são por causa de famílias desestruturas. Se a família for a parceira do professor, pode ter certeza que isso deslancha. Pais não deixem seus filhos órfãos digitalmente, mas participem com ele - ENSINE O MENINO NO CAMINHO QUE DEVE ANDAR. Ensino é andar junto - vida de exemplo. Não de filtros, invasão de privacidade, mas ensino bom. Daí o menino vai andar bem na sociedade real e digital.
pra quem quiser visitar meu blog sobre informatica educativa: http://www.freewebs.com/linolica/

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Sonhos & Projetos

Pau Garcia-Milà


Todas as palestras que ouvi hoje, falavam a respeito de sonhos, que viraram projetos. Alguns desses projetos, ainda estão no nascedouro. Outros já cresceram tanto e se expandiram gerando novos projetos e novos sonhos. Ouvi gente jovem, gente madura, gente técnica, cada um contando o seu sonho. O mineiro Wagner Merije apresentando seu portal relacionando educação e mobilidade. Também ouvi sobre o ousado projeto Movvio - compartilhamento de conteúdo - via bluetoth. Pra encerrar o período a manhã, projeto gengibre, no qual você solta a voz. Eu sou meio tímida, mas já me cadastrei... e em breve to falando algo prá vocês.


Depois do almoço, não poderia deixar de participar da palestra com o lendário Jon Maddog. Ele disse que em 1969 a Universidade cobrava 5 dólares para se gravar um programa e isso era muito dinheiro na época, pois equivalia a 10 canecas de cerveja. Ele é muito irreverente. Mas contou-nos a trajetória do Unix, depois como em 1994 Linus criou o linux - que foi algo mais por diversão.


Já tinha devolvido o fone de tradução simultânea, quando um jovenzinho palestrante espanhol me chamou a atenção - Pau Garcia Milà. Acabei ouvindo-o em espanhol. Gostei. Ele se comunica muito bem, com um espanhol bem claro, quase não tive dificuldades. A sua desenvoltura me chamou atenção, bem como a sua paixão pelo seu projeto. Aparentava 18, mas acho que tem 22. Ele começou a programar com 15 anos. Apresentou um projeto muito legal, chamado Eyeos. É meio estilão Google Docs, onde pode editar textos, compartilhá-los e etc. "Gigantes como a Microsoft, Apple e Google já lançaram ou preparam produtos parecidos com o projeto de Garcia-Milà. Porém, o eyeOS é baseado em uma plataforma de software livre, o que garante o destaque do produto frente aos destas grandes empresas." escreve o site http://www.softwarelivre.org/news/12508


Em suma, é bom aprender, apreender e vivificar os nossos sonhos com as experiências dessas pessoas.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

E tudo começou com um memorando...


É... minha gente... Há 20 anos atrás, Tim Berners Lee trabalhava na Cern - um imenso laboratório de física na Europa. Ele sentiu-se frustado, pois os sistemas não se comunicavam entre si e a informação demorava a chegar. Ele queria algo que fosse uma ponte de ligação entre as pessoas do mundo, empresas e tudo mais. Um memorando de círculos e setas foi feito por ele. Nascia aí a web 1.0. É aquele de protocolos, html, http. O tempo foi passando. A web foi evoluindo. A Web 2.0 - a web interativa, das redes de relacionamento, das wikis. Bom... e a web 3.0 está chegando. A web semântica, de dados abertos linkados, uma web ainda mais interativa envolvendo inclusive mobilidade. E adivinhe quem está por de trás de tudo isso... nada menos que Tim Berners Lee. Ele não se aposentou. Continua a sonhar, não se estagnou, mas evoluiu e sua meta é colaborar com o mundo todo, afinal, a internet é global, né? E bem vindo ao futuro.


segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Aqui estou eu novamente - em plena segundona


Chegamos bem. O Roberto nos trouxe ate a porta do evento, mas o resto do caminho, viemos de trenzinho. Aqui estamos nessa segunda edicao brasileira. Hoje vai ser a abertura. As coisas ainda estao bem paradas, afinal, a abertura oficial acontecera somente `as 23:30. E o povo vai chegando, chegando, discretamente. Cada um com seu computador e uma pilha de acessorios, onde vai dando um colorido especial para essa festa de luzes, cameras pcs e muita açao. E a midia esta aqui em peso. E eu, a mamae blogueira estou aqui no meu pequeno Asus, de teclado desconfigurado. Desculpe, mas nao poderei acentuar nada, ate que corrija esse problema. Os outros computadores? Com o Felipe e o Dede que nao param de baixar. Pra mim sobrou o little little. E mais uma vez... no imenso mar azul de barracas, vamos navegando, navegando na conexao de 10 GB. e viva o Campus Party Brasil.